Como a guerra no Mar Vermelho afeta a economia mundial e o que podemos fazer para nos proteger

O Mar Vermelho é uma importante rota comercial que liga a Ásia, a Europa e a África, por onde passam cerca de 10% do comércio mundial de petróleo e 20% do comércio mundial de contêineres¹.

O que está acontecendo no Mar Vermelho e quem são os responsáveis?

No entanto, essa região está sob ameaça de uma guerra entre os rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, e uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, apoiada pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e por Israel². E não podemos esquecer do conflito entre Israel e o Hamas que está em curso neste momento.

Os houthis, que controlam grande parte do território iemenita, têm realizado uma série de ataques contra navios que consideram associados a Israel ou aos seus aliados, usando drones, mísseis e minas³. Esses ataques têm causado danos materiais, ferimentos e mortes, além de aumentar o risco de um derramamento de óleo que poderia prejudicar o meio ambiente e a biodiversidade do Mar Vermelho⁴.

Em resposta, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram ataques aéreos contra alvos dos houthis no Iêmen, alegando que eles representam uma ameaça à segurança internacional e à liberdade de navegação⁵. Os houthis, por sua vez, prometeram retaliar e continuar a apoiar a causa palestina contra Israel⁶.

Qual o impacto deste conflito na economia mundial?

Essa situação de conflito tem impactos negativos sobre a economia mundial, que já está fragilizada pela pandemia da COVID-19 e pela inflação. Alguns desses impactos são:

• Aumento dos preços do petróleo e dos produtos derivados, como gasolina, diesel e querosene, que afetam os custos de transporte, de produção e de consumo em todo o mundo⁷.
• Interrupção ou atraso do fluxo de mercadorias, especialmente de produtos agrícolas, industriais e eletrônicos, que dependem do transporte marítimo pelo Mar Vermelho⁸.
• Redução da confiança dos investidores, dos empresários e dos consumidores, que podem adiar ou cancelar seus planos de gastos, de investimentos e de viagens, diante da incerteza e da instabilidade geopolítica⁹.
• Agravamento da crise humanitária no Iêmen, que já sofre com a fome, a pobreza, a violência e as doenças, e que pode gerar mais refugiados e deslocados internos, sobrecarregando os países vizinhos e as organizações internacionais.

Eu preciso me preocupar?

Diante desse cenário, é preciso tomar medidas para amenizar os impactos da guerra no Mar Vermelho nas nossas finanças e na nossa qualidade de vida. Algumas dessas medidas são:

• Diversificar as fontes de energia, buscando alternativas mais limpas, renováveis e baratas, como a solar, a eólica e a hidrelétrica, que reduzem a dependência do petróleo e as emissões de gases de efeito estufa. Mas não é só isso.
• Diversificar as rotas comerciais, explorando outras vias marítimas, terrestres ou aéreas, que possam garantir o abastecimento e a entrega de produtos essenciais, como alimentos, medicamentos e insumos industriais. Mas não é só isso.
• Diversificar as aplicações financeiras e investindo em ativos que possam se beneficiar ou se proteger de cenários de alta inflação, de baixo crescimento ou de alta volatilidade, como ouro, criptomoedas, ações de empresas resilientes ou títulos indexados à inflação. Assim você protege seu patrimônio. Além dessas medidas individuais ou coletivas, é fundamental que haja uma solução diplomática e pacífica para o conflito no Mar Vermelho.